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  • Foto do escritorDr. Guilherme Webster

Sintomas e tratamentos da sinusite crônica

Para quem sofre com sinusite, apenas alguns dias já podem ser suficientes para que os sintomas causem mal-estar e incômodos em sua rotina. E se a sinusite aguda já interfere significativamente na qualidade de vida do paciente, a sinusite crônica pode causar um desconforto maior ainda e que perdura por semanas, necessitando de tratamento adequado para curar ou amenizar os sintomas.


Em geral, os sintomas da sinusite aguda desaparecem espontaneamente em alguns dias, mas quando o problema dura por longas semanas, como é o caso da sinusite crônica, é preciso garantir maiores cuidados e investigar as causas mais a fundo com um médico especializado. Neste artigo, vamos abordar as principais causas, fatores de risco, sintomas e tratamentos sobre a sinusite crônica para que você possa ter um panorama geral sobre a doença. Para isso, contamos com a participação do Dr. Rafael Pinz, membro da equipe do CDO. Acompanhe!

O que é sinusite crônica?

A sinusite crônica, também chamada de rinossinusite crônica, é caracterizada pela inflamação persistente da mucosa dos seios da face com duração superior a 12 semanas consecutivas. A manifestação da doença é similar ao quadro da sinusite aguda. A principal diferença é o período elevado com que os sintomas demoram para desaparecer. Trata-se de uma das enfermidades crônicas mais comuns, com prevalência de quase 15% na população americana. Como a doença apresenta alta morbilidade, pode afetar o desempenho de crianças em fase escolar e comprometer a produtividade e o rendimento em pacientes adultos.

Quais são as causas?

O Dr. Rafael explica que a sinusite crônica possui causas diversas que ainda são objeto de muito estudo e discussão na literatura médica especializada. Contudo, muitas causas do problema já são conhecidas pela medicina. O Dr. aponta as principais:

  • fatores anatômicos obstrutivos: o desvio do septo nasal, conchas médias hipertróficas (aumentadas) ou bolhosas podem favorecer a doença;

  • bactérias: a presença de bactérias produtoras de superantígenos no interior dos seios da face são uma das principais causas da doença;

  • fungos: o aparecimento de fungos no interior do seios da face pode desencadear uma reação alérgica, resultando na sinusite crônica;

  • estado imunológico: a baixa imunidade facilita a entrada de vírus e bactérias causadores da sinusitecrônica;

  • fatores genéticos: as causas da sinusite crônica também podem estar relacionadas com histórico familiar da doença;

  • infecções odontológicas na arcada dentária superior: é uma causa pouco comum, mas que também pode levar ao desenvolvimento do problema.

Quais são os sintomas?

Apesar de os sintomas da sinusite aguda serem semelhantes aos da sinusite crônica, as doenças apresentam algumas diferenças. Enquanto a primeira é caracterizada por uma infecção temporária dos seios da face, causada, sobretudo, por gripes e resfriados, a segunda ocorre devido a um processo inflamatório com duração prolongada. Nesses casos, alguns sintomas diferem entre si: na sinusite aguda, a febre pode ser um sintoma bastante comum; já em quadros de sinusite crônica, um dos principais sintomas é a tosse, sendo que a febre ocorre somente em casos raros. Além da tosse, o Dr. Rafael elenca outros sintomas comuns da doença:

  • obstrução e congestão nasal e da face;

  • dor e pressão na face e na cabeça;

  • redução ou ausência de olfato;

  • secreção nasal anterior ou posterior.

Em casos raros, o paciente ainda pode apresentar dor de ouvido, mau hálito e sangramento nasal.

Existem fatores de risco?

Sim. Alguns fatores de risco podem favorecer o quadro de sinusite crônica. Dentre eles, podemos destacar:

  • asma brônquica;

  • alergia;

  • alergias respiratórias;

  • intolerância a anti-inflamatórios;

  • doenças de origem genética.

Como é feito o diagnóstico?

O Dr. Rafael Pinz explica que o diagnóstico preciso só pode ser feito com a ajuda de exames específicos: “Para o correto diagnóstico é necessário a visualização de sinais compatíveis com a inflamação através de exame de endoscopia nasal e/ou exame de imagem, em geral, a tomografia computadorizada de seios da face”. A endoscopia nasal é recomendada para todos os pacientes que apresentam algum tipo de queixa nasal. O procedimento permite realizar uma avaliação completa da cavidade nasal, identificando possíveis sinais que possam caracterizar a sinusite crônica. Já a tomografia computadorizada possibilita obter uma visão mais nítida dos seios da face, o que também contribui para o diagnóstico preciso da doença.

Quais são os tratamentos para sinusite crônica?

Basicamente, o tratamento para a sinusite crônica pode ser clínico, cirúrgico ou ainda envolver ambas as modalidades, o que é bastante comum. Contudo, é importante ressaltar que o tratamento mais adequado sempre vai depender das particularidades de cada paciente: “Não existe uma forma melhor de tratamento. Para cada caso haverá uma abordagem individualizada do paciente e do seu tratamento”, esclarece o Dr. Rafael. O Dr. explica melhor como cada tipo de tratamento é realizado: “Para o tratamento clínico utilizamos lavagens nasais com solução fisiológica, uso de corticosteróides através de sprays ou comprimidos e antibióticos de curta e longa duração”. Nos casos em que a sinusite resiste ao tratamento clínico, pode ser necessário a realização de um procedimento cirúrgico. Segundo o Dr. Rafael, o tratamento cirúrgico envolve uma série de procedimentos com diferentes complexidades, que devem ser realizados de acordo com a indicação de cada caso. No entanto, o Dr. ressalta o método mais comum: “A abordagem mais utilizada e consagrada é a cirurgia endoscópica funcional dos seios paranasais”, conclui. A cirurgia é realizada com o objetivo de remover o tecido ou raspar um pólipo que está causando a obstrução nasal e ampliar a abertura do seio nasal que está comprometido com a finalidade de melhorar a drenagem da região. Nos casos em que o tratamento combinado é recomendado, o paciente deve realizar o uso de medicamentos durante o período pré e pós-operatório.

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